A operação-relâmpago realizada por 50 policiais civis que prendeu 13 homens que realizavam transporte clandestino no Aeroporto de Salvador, no dia 02/02, parece não amedrontar os praticantes da atividade criminosa. Menos de 10 dias após o ocorrido, ainda é possível ver esse tipo de ação no local, ainda que em menor proporção.
Na ocasião, todos foram indiciados por associação criminosa e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, mas liberados em seguida.
A iniciativa vinha sendo cobrada pela categoria há muito tempo e foi motivo de comemoração, mas os taxistas locais afirmam que ainda há muito a ser feito.
Em depoimento após o ocorrido, o coordenador do COE, delegado André Viana, responsável pela ação, informou que o serviço de inteligência detectou ao menos 30 pessoas cometendo os crimes no terminal. A afirmativa aponta que pelo menos 17 clandestinos saíram impunes.
Segundo o taxista Reginald Cohim, é possível avistar diariamente pelo menos 16 clandestinos no local. A informação é reforçada pelo presidente da Táxi Coometas, Vicente Barreto. Segundo ele, alguns dos presos na operação voltaram à atividade ilícita.
A previsão da categoria é que este tipo de operação surpresa volte a acontecer em breve, como foi combinado com as autoridades. O Código Penal prevê pena de um a três anos para o primeiro crime, e de um a cinco anos, com aplicação de multa, para o segundo crime que os clandestinos presos na operação foram enquadrados.
Ação precisa der estendia para outros pontos
Regiões que acumulam grande número de clandestino, rodoviária e ferry boat, também precisam de ações como a realizada no aeroporto. Apesar de não ter acabado com todo o efetivo de transporte irregular com a primeira operação, o combate teve resultado positivo que pode ser ampliado para as demais regiões. Além da cobrança feita pela categoria, a sociedade civil, através de amigos e familiares, pode e deve se unir contra a investida dos clandestinos que levam insegurança a todos.