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A imperdível oportunidade de rever os modelos de representações

Imagem: reprodução de mundoeducacao.bol.uol.com.br
Imagem: reprodução de mundoeducacao.bol.uol.com.br

 

Por Antonio Carlos Aquino de Oliveira

 

Não será novidade que a sociedade brasileira e os poderes constituídos percam mais essa oportunidade de passar o país a limpo, de mudar a nação na direção da civilização e da modernidade. Os comandantes do barco chamado Brasil não ajustam as velas na direção dos bons ventos, não o conduzem ao porto seguro, preferem acirrar as tempestades. Há alguma fixação dos nossos governantes por promover naufrágios e tragédias.

 

A Reforma Trabalhista associada à histórica, persistente, crescente e agravada crise política, coloca na pauta das prioridades nacionais o debate sobre os modelos vigentes de representações, quer sejam nas entidades de trabalhadores, de empregadores como nos parlamentos e governos, onde os eleitores escolhem seus representantes com seu voto.

 

Os Sindicatos, Federações e Confederações que viviam e sobreviviam das contribuições obrigatórias das suas classes, deverão agora existir pela força real da representação, do nível de conscientização, engajamento e politização dos seus associados. Assim espera-se. O caos e a crise podem dar aos trabalhadores e empresários a oportunidade de escolher e eleger novas representações, pessoas qualificadas e capacitadas para o dificílimo trabalho de representar e defender classes e setores, pessoas e empresas.

 

A Reforma Trabalhista deu aos empresários e trabalhadores a imperdível oportunidade de rever as estruturas e lideranças que lhes representam, a qualidade dos serviços que devem prestar, a transparência necessária no gerenciamento das entidades e os benefícios que precisam trazer. Se todos entendem que há algo a ser mudado, é preciso haver consciência que as mudanças são urgentes e inadiáveis. No bojo dessas possiblidades de mudanças para melhor é necessário incluir os Conselhos de Classes Profissionais, as Ordens e suas Federações.

 

Não abordaremos os muitos desvios na gestão da coisa pública e coletiva nas estruturas de representação em todos os campos e níveis, pois entendemos que isso é caso de polícia, de auditoria, de justiça, o que pode significar problemas continuados e insolúveis.

 

É inevitável que a representação política – cidadã e eleitoral – tenha destaque em um artigo que coloca o tema em pauta.

 

Mantidas as atuais regras eleitorais, as estruturas partidárias, os sistemas de governos e as relações entre os poderes da república, com as eleições e os votos, nada ou muito pouco vai mudar na realidade nacional. Pelo contrário, o jogo de faz de conta de democracia – estado de direito sem efetividade, tende a deteriorar-se cada vez mais com o passar dos dias, por “fadiga de material” ou apodrecimento total e absoluto da célula social no contexto das representações e das esperanças de mudanças.

 

Não são honestas, sinceras e leais as afirmativas de que o seu voto, o meu voto, o nosso voto, por si só e exclusivamente, possam promover as mudanças necessárias e ansiadas. Pelo contrário, as pesquisas, as alianças em gestação e as candidaturas colocadas confirmam a tese de perpetuação dos modelos vigentes. Se não houver mudanças profundas nas regras e estruturas do jogo de poder e governabilidade, tudo tenderá a se agravar, piorando o que já está quase insuportável.

 

Não são construtivas as avaliações extremistas dos pessimistas deprimidos e depressivos, muito menos as dos otimistas, ufanistas e fanáticos, mas são fundamentais as que estão no contexto de abordar com responsabilidade os assuntos sérios, dos que buscam encontrar na realidade dos fatos e situações as respostas para as grandes e graves questões nacionais, as saídas para o futuro.

 

Conclamamos os leitores, eleitores, contribuintes, trabalhadores e empresários a pensarem muito além dos seus votos em síndicos de prédios, dirigentes de sindicatos e associações, deputados estaduais – não sei para que servem – deputados federais, senadores, governadores e presidente.

 

É importante que cada um de nós reflita profundamente sobre nossas escolhas, sobre as consequências dos nossos votos e decisões, sobre a procuração em branco que damos quando votamos. Política e representação não são brincadeiras, moedas de troca ou mero gesto de simpatia e amizade.

 

Na hora de votar, de escolher nossos representantes devemos sempre pensar que estamos entregando a eles a possiblidade de escolha dos nossos destinos.

 

Não podemos perder a oportunidade de rever as nossas estruturas de representações.

 

aquino

 

 

 

 

 

 

 

 

Antonio Carlos Aquino de Oliveira

Administrador – Consultor – Publicitário – Empresário

E-mail: [email protected]

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